quarta-feira, 7 de outubro de 2015


Lembranças de um tempinho bom ... Época do Magistério, onde escrevíamos poemas e poesias, e numa dessas ...olha um deles editado ai.
Editora kelps
Poemas de Aprendizes,Goiânia,1996.
Agradeça a Deus por tudo que tens e principalmente por sua vida!
Ore ...
Glorifique ...
Cante ...
Dance ...
Sorria ...
Viva a vida!!!

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O que é a "Brinquedoteca"???





De acordo com Cunha (2001) Brinquedoteca é um espaço preparado para a criança brincar livremente, de acordo com o seu interesse, sua potencialidade e sua expressão lúdica. Deste modo, a Brinquedoteca é um local onde o brinquedo e diversos materiais, permitem a imaginação o faz-de-conta e a expressão da criatividade infantil.
O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, caracterizando-se por ser espontâneo funcional e satisfatório. O lúdico deve possibilitar a quem vivencia momentos diferenciados, ou seja, vivencia de fantasias e de realidade, experiência de autoconhecimento, bem como o conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro.
Desde o sec. XVII, após o “reconhecimento” da infância, o jogo vem a compor a “Pedagogia da Infância”. Ele está intimamente ligado a imaginação, o sonho, o pensamento e o símbolo, assim o homem tem a capacidade de pensar ligada à de jogar com a realidade, reproduzindo e aprendendo à medida que pode transformá-la.  O brincar tem o seu valor educacional promovendo inúmeras aprendizagens que colaboram para o desenvolvimento global. A criança precisa de espaço, tempo, materiais e companhia. Quanto mais elas experimentarem, olharem e ouvirem, mais aprenderá e assim poderão relacionar os elementos reais com os imaginários das brincadeiras, e mais produtivos serão as atividades de representação.
A brinquedoteca teve seu reconhecimento mundial a partir do ano de 1960. Seu objetivo primeiro foi o de emprestar brinquedos para famílias carentes com filhos especiais, pois se acreditava que os brinquedos estimulariam o desenvolvimento das crianças. No Brasil a expressão de brinquedoteca foi usada em 1971, quando a APAE realizou a primeira exposição de brinquedos pedagógicos que foi para pais , profissionais e estudantes da área. Assim a brinquedoteca é considerada como um local de estímulos para o brincar livremente da criança, por algumas horas do dia. Mas isso só é possível se for orientado por um adulto, que deve sempre observar a interação da criança com o brinquedo, com o jogo, e com sua representação.
Dentre outros objetivos da brinquedoteca estão os de: Proporcionar um espaço lúdico; valorizando o ato de brincar de forma espontânea; Resgatar o espaço e o tempo de brincar; Possibilitar o acesso a brinquedos; Orientar sobre adequação e utilização dos brinquedos; Desenvolver hábitos de responsabilidade; Resgatar brincadeiras, incentivando as atividade que visam o desenvolvimento intelectual, emocional e social; Propiciar a construção de conhecimento; Estimular o desenvolvimento da concentração  atenção; Oportunizar a expansão de habilidades e potencialidades; Desenvolver a criatividade, a Sociabilidades e a sensibilidade; Incentivar a autonomia e o sentimento de autoestima; Repassar aos professores e às famílias informações sobre conhecimentos a respeito da importância do brincar e sobre o desenvolvimento do aluno na brinquedoteca, etc.
Existem também brinquedotecas de caráter privado, partindo do pré suposto que brinquedoteca é um espaço preparado para a criança brincar livremente, de acordo com o seu interesse, sua potencialidade e sua expressão lúdica. Observei em dois laboratórios e em salões de festa a Brinquedoteca, no local os brinquedo e diversos materiais, permitem a imaginação o faz-de-conta e a expressão da criatividade infantil, com pintura no rosto e desenhos livres.
       O brinquedista, designado como monitor,  orienta as atividades e auxilia na realização destas, dando suporte no acesso   aos materiais. Assim o brincar acontece de forma prazerosa, e a criança não precisa se preocupar com o tempo, com o espaço ou com a interferência de um adulto.O monitor no ambiente da Brinquedoteca deve apenas observar, obter sua intencionalidade educacional, compreender o fazer lúdico da criança e atendê-la de acordo com suas necessidades e solicitações, para que uma futura intervenção seja oportuna, devendo ser presente e ausente ao mesmo tempo, sendo dinâmico tendo como meta a formação de uma criança vista de seu olhar, dialogar e brincar de acordo com sua linguagem, pois, esta é a linguagem do educando.
Para a organização da brinquedoteca, os espaços e os tipos de brinquedos a serem disponibilizados devem ser pensados à priori, pois devem promover o livre acesso e segurança, assim como encantar a criança ao ser convidada a brincar.
 Os cantos observados e disponibilizados na brinquedoteca são:

- Canto da "Leitura": diversos tipos de livros para atender às todas as faixas etárias e estimular o hábito e gosto pela leitura.
-Canto do Teatro ou do Fantoche: criação e construção de histórias e fantoches, com painéis e palcos para encenações.

 -Canto do Playground: local composto de brinquedos de parquinho infantil seja de fibra, plástico resistente ou metal.

 -Cantos dos tapetes e colchões: espaço com tapetes grandes ao chão para brincadeiras, -rolamentos, movimentos acrobáticos, entre outros.

-Canto do Cinema: local com televisão e DVD, com almofadas e tapetes epara as crianças apreciarem filmes diversos, e atender as diversas faixas etárias. 

- Canto da Pintura e Desenhos: disponibilizar a criança materiais às pinturas e desenhos como: pincéis, telas, papeis, cartolinas, sulfites, entre outros.

Uma alternativa para garantir a manutenção e financiamento é o oferecimento de oficinas variadas (costura, fabricação de brinquedos e jogos de materiais diversos) e campanhas
Na Brinquedoteca são desenvolvidas atividades lúdicas através de jogos simbólicos (imitação do cotidiano de uma família: os papéis de cada membro da família), brincadeiras populares (esconde-esconde etc.), uso de brinquedos diversos (carros, bonecas, jogo de montar etc.), leitura de livros infantis e construção de jogos e brinquedos utilizando sucata. O faz-de-conta será estimulado através do uso das roupas e fantasias e do reconto de histórias através do teatro de fantoches.
Pode-se dizer que a Brinquedoteca é um espaço que permite na contemporaneidade, o resgate em vivenciar o lúdico esquecido pelas pessoas, e negado às crianças. Mas, acima de tudo como destaca Cunha (2001, p. 16), ela tem a função de "fazer as crianças felizes, este é o objetivo mais importante".
A Brinquedoteca favorece o cultivo da brincadeira, de forma livre, para as pessoas em qualquer fase da vida, como destaca Almeida e Casarin (2002, p. 2), a Brinquedoteca na escola, "é um espaço que permite o brincar livremente, com todo o estímulo à manifestação de suas potencialidades e necessidades lúdicas, com muitos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressão da criatividade".
Desse modo, este espaço de aprendizagem permite à construção da identidade, autonomia e das diferentes linguagens do educando. Para concretizar o pensamento, Cunha (2001, p. 17) descreve que a Brinquedoteca é "responsável por mediar à construção do saber, em situações de prazer, com gosto de aventura, na busca pelo conhecimento espontâneo e prazeroso", e ainda, incentiva extravasar sentimentos, conhecimentos e emoções.
Sua presença no ambiente educacional não deveria ser uma alternativa, ou apenas uma opção a ser utilizada, mas sim, um espaço obrigatório nas escolas, em qualquer nível de ensino, pois deste modo favoreceria todos os envolvidos no processo de aprendizagem, já que brincar é direito do ser humano. Deste modo, deveria ser defendida e implantada pelas políticas públicas deste país.
De acordo com a necessidade do público é possível criar diferentes tipos brinquedotecas como: Em escolas e creches: com finalidade pedagógica; Em comunidades ou bairros: Estimulam as relações de vizinhança; As terapêuticas: auxiliam no tratamento de crianças portadoras de deficiência física e mentais, muitas vezes criando brinquedos adaptados; Em hospitais: amenizam o sofrimento das crianças internadas; Em universidades: servem como espaço de pesquisa sobre o comportamento infantil, testando novos brinquedos e brincadeiras; As circulantes: atendem às  crianças de periferias , através de ônibus, caminhonetes,...; Em clinicas psicológicas: auxiliam no tratamento de crianças com problemas comportamentais; Em bibliotecas e centros culturais: funcionam principalmente como espaço de incentivo à leitura; As brinquedotecas temporárias: criam espaços de lazer e diversão em shopping centers e grandes lojas; Em casa: reúnem brinquedos e ajudam as crianças a aprender sobre organização e responsabilidade.
A brinquedoteca é o espaço aonde todas as crianças chegam para brincar, para resgatar brincadeiras, para compartilhar momentos de alegria. Ela possibilita a todas as crianças o acesso ao brinquedo de forma a socializar o seu uso, permitindo, sobretudo às crianças de baixa renda, o contato com o brinquedo. O brincar é uma das formas de linguagens que a criança utiliza para interagir consigo, com os outros e para compreender o mundo ao seu redor. É a oportunidade que também se apresenta ao adulto consciente, desde o educador de rua até os líderes da sociedade, de oferecer de volta a elas seu direito de ser criança.
A ideia principal é valorizar os brinquedos em atividades lúdicas e criativas; estimulando o desenvolvimento global das crianças; despertando o interesse por uma nova forma de animação cultural que pode diminuir a distância entre as gerações; oferecendo às crianças a oportunidade de experimentar os jogos antes de comprá-los; desvinculando o valor lúdico do brinquedo do seu valor monetário ou afetivo, possibilitando à criança a aprendizagem de que não precisa possuir com exclusividade e pode usufruir partilhando com os outros; dar oportunidade às crianças de se relacionarem com adultos de forma agradável e prazerosa, livre do formalismo decorrente das situações estruturadas em escolas ou outro tipo de instituições.  A brinquedoteca como lugar de experimentação prévia do brinquedo, o que a tornaria um local típico de lojas, de centros de compras, onde as crianças poderiam brincar com os brinquedos, experimentando-os antes mesmo de comprá-los nas lojas.
A Brinquedoteca é um lugar para explorar, sentir e experimentar, onde se imagina se constrói normas e se cria alternativas para resolver os conflitos surgidos no ato de brincar, situações que irão auxiliá-los mais tarde na vida adulta. As atividades desenvolvidas na Brinquedoteca irão refletir em melhora da aprendizagem e do comportamento na escola e em casa com suas famílias.
Consideramos a Brinquedoteca como espaço que privilegia o brincar e o uso do lúdico como recurso necessário à construção de aprendizagens, da identidade, autonomia e das diferentes linguagens na infância, ou seja, um ambiente acolhedor com estímulos diversificados para o desenvolvimento de habilidades e capacidades significativas. Acreditamos que devemos vê-la como local transformador, onde se resgata o prazer de brincar inserida no contexto histórico-social e cultural da criança.
Percebe-se que, sua expansão foi intensa, mutável e constante, tanto nas instituições públicas como nas privadas, seja de cunho preventivo ou terapêutico. Mas, o mais importante na atualidade, é que este local exerça sua real função, como ressalta Ramalho (2000, p. 76) descrevendo sobre a Brinquedoteca como, "local de estímulos para brincar livremente, por algumas horas do dia", e assim, com possibilidades de aprendizagens por meio do brincar na infância e concretizar-se como espaço de atividades lúdicas presente em ambientes escolares, geralmente direcionadas ao público infantil, já que a brincadeira é inerente ao ser humano.
Em síntese, a Brinquedoteca no meio escolar faz-se respeitar as necessidades afetivas, amenizar a rigidez de métodos tradicionais de ensino que ainda permeiam no sistema de ensino do Brasil, possibilitando o direito de ser criança e aperfeiçoar suas habilidades e aprimoramento de suas capacidades autonômicas, criativas e compensadora  das defasagens socioculturais.
A “ABB” (Associação das Brinquedotecas do Brasil),conceitua a brinquedoteca como um espaço mágico,destinado ao brincar das crianças;e alerta para o fato de que não podem ser confundidas com um conjunto de brinquedos ou depósito de crianças.
Fundada em meados de 1934,na cidade de Los Angeles nos EUA,a primeira brinquedoteca não era tão bem elaborada e acessível como as da atualidade.No Brasil em 1971 surgiu a APAE() nela foi criado um espaço com a exposição de brinquedos pedagógicos,afim de atender as crianças e adultos também que lá frequentavam.Mas com o passar dos tempos foram reformulando esses espaços,permitindo assim mais acessibilidade.Com isso foi fundada a ABB(Associação das Brinquedotecas do Brasil) no ano de 1984,com o intuito de coordenar a forma de como se inserir esses espaços em escolas,hospitais,etc.
As crianças precisam aproveitar dos benefícios emocionais ,intelectuais e culturais,que as atividades lúdicas proporcionam.O brincar é uma função básica da criança;brincando ela aprende.explora e descobre o mundo a sua volta.
As brinquedotecas são espaços preparados para estimular as crianças,dando acesso a uma enorme variedade de brinquedos,dentro de um ambiente especialmente lúdico,com propostas para o uso de tais brinquedos,com um colorido mágico,opções de jogos,brincadeiras,leituras,contos e muito mais que as brinquedotecas têm a oferecer. Existem várias brinquedotecas espalhadas pela cidade,algumas em pontos estratégicos,como shoppings,hospitais,academias,etc.E também em locais direcionados como;escolas,CMEI’S,etc. A importância de se ter uma brinquedoteca implantada,quer seja em uma escola,quer seja em um hospital,é se suma importância para o desenvolvimento psico-motor,sócio-cultural e intelectual da criança,pois com isso podemos explorar o lúdico,fazer com que a criança interaja com jogos,  leitura e didáticas que completam sua jornada educacional.
Além de favorecer o desenvolvimento da criança,o tempo em que a criança brinca,na brinquedoteca escolar,também pode ser um tempo valioso para o professor observar o grau de interação e desenvolvimento de cada criança.

Em cada brinquedoteca deve conter jogos direcionados a cada faixa etária,lugar onde elas possam liberar a imaginação,ter um ambiente organizado e espaçoso,para que se tenha uma aprendizagem significativa.Tem que ser um lugar onde tudo se convida a explorar,sentir e a experimentar.
“O brincar é um importante instrumento na Educação Infantil,por auxiliar a criança no seu desenvolvimento físico,afetivo,intelectual e social.(RECNEI,1998)”
Porém são poucos os educadores que valorizam esse momento do brincar,como um registro de informações voltadas ao desenvolvimento,que devem ser avaliados e levados em conta no momento do planejamento.
Enfim o brincar e o cuidar são necessários para compor o processo avaliativo e curricular na Educação Infantil,como forma de inserção e interação.
Conclui-se que a brinquedoteca é um lugar que compreende brincadeiras, jogos e brinquedos que auxiliam no desenvolvimento cognitivo, sensório motor, pois enquanto a criança brinca, ela se desenvolve, torna-se espontânea em suas atitudes, interage com outras crianças e aprende a cooperar, a dividir e a conviver em grupo.



quarta-feira, 30 de setembro de 2015

10 Dicas para "BLINDAR" seu Casamento

( Renato e Cristiane Cardoso - Autores do Best Seller - Casamento Blindado)

1. Converse sempre
Não deixe para depois! Uma ferida aberta só piora com o tempo. Converse até que consiga resolver o que incomoda você.
2. Filtre as palavras
Converse, mas nunca no calor da emoção. Estar nervosa não justifica agredir o companheiro, física, verbal ou emocionalmente.
3. Levante a autoestima dele
Os homens se sentem valorizados quando recebem um elogio. Isso faz com que ele queira se aproximar de você. Vale também cozinhar algo que ele goste e esperar por ele de banho tomado e perfumado.
4. Atenda aos pedidos dele
Ele pediu algo? Faça! Às vezes, é uma coisa tão simples, como uma lâmina de barbear. Se ele não abusar muito dos pedidos, que mal há em colocá-los no topo da sua lista de vez em quando?
5. Não misture os problemas
Não use uma situação qualquer para definir o caráter do seu marido. Aprenda a lidar com as situações separadamente. Não relacione um problema atual com um problema passado.
6. Deus ajuda
Não adianta só discutir ou reclamar (“Amor, você não me dá atenção!”). Ore, amiga! Peça a Deus que toque no coração do seu marido e ajude você a lidar com a situação.
7. Saiba relevar
Muitas vezes, o assunto não vale o tempo e o desgaste de uma discussão. Então, releve. Quando seu marido quiser discutir, beba um pouco d’água, mas fique com ela na boca por dez minutos antes de engolir. Boa, né?
8. Evite respostas atravessadas
Uma briga enorme pode começar só porque um deu uma resposta atravessada para o outro. Em vez de dizer “Você é um grosso!”, diga “Amor, quando você está ocupado e eu lhe pergunto uma coisa, às vezes a maneira como você me responde me faz me sentir mal”. Esse detalhe faz diferença.
9. Cuide da aparência
Casamento não é licença pra virar baranga! Depois do “sim”, tem que manter o clima de conquista. Do mesmo modo, você não quer um cara desgrenhado do seu lado!
10. Piada sem graça, não!
Cuidado com o que fala para os amigos sobre seu marido, hein?! Procure não expor falhas e fraquezas dele. Isso pode fazer seu companheiro pensar que você o considera inferior!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DA EJA (Educação de Jovens e Adultos)

Ao longo do tempo, o avanço econômico e tecnológico passou a exigir mão-de-obra cada vez mais qualificada e alfabetizada, com isso várias medidas políticas e pedagógicas foram sendo adotadas, tais como: a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA), o Movimento MOBRAL, o Ensino Supletivo, a Educação de Jovens e Adultos (EJA), da qual iremos tratar nesse trabalho.

Com essas medidas também vieram as tendências tecnológicas, cada vez mais exigidas no campo de trabalho, com isso a inserção dessas novas tecnologias se tornam cada vez mais presentes na educação de jovens e adultos, e como o objetivo da EJA é exatamente alfabetizar e qualificar esses alunos para que possam se integrar nas exigências que o universo do trabalho requer.

Sabe-se que educar é muito mais que reunir pessoas numa sala de aula e transmitir-lhes um conteúdo pronto. É papel do professor, especialmente do professor que atua na EJA, compreender melhor o aluno e sua realidade diária. Enfim, é acreditar nas possibilidades do ser humano, buscando seu crescimento pessoal e profissional.
 A história da EJA no Brasil está muito ligada a Paulo Freire. O Sistema Paulo Freire, desenvolvido na década de 60, com ele ocorreu uma mudança no paradigma teórico-pedagógico sobre a EJA, e com o sucesso da experiência, passou a ser conhecido em todo País, sendo praticado por diversos grupos de cultura popular. A proposta de Paulo Freire baseia-se na realidade do educando, levando-se em conta suas experiências, suas opiniões e sua história de vida. Esses dados devem ser organizados pelo educador, a fim de que as informações fornecidas por ele, o conteúdo preparado para as aulas, a metodologia e o material utilizados sejam compatíveis e adequados às realidades presentes

Para (Freire, 2002, p. 58) a relação professor-aluno deve ser:

Para ser um ato de conhecimento o processo de alfabetização de adultos demanda, entre educadores e educandos, uma relação de autêntico diálogo. Aquela em que os sujeitos do ato de conhecer (educador-educando; educando-educador) se encontram mediatizados pelo objeto a ser conhecido. Nesta perspectiva, portanto, os alunos assumem, desde o começo mesmo da ação, o papel de sujeitos criadores. Aprender a ler e escrever já não é, pois, memorizar sílabas, palavras ou frases, mas refletir criticamente sobre o próprio processo de ler e escrever e sobre o profundo significado da linguagem.

Com o passar dos anos, novas tecnologias foram criadas exigindo mão-de-obra cada vez mais qualificada, com o crescimento social, a mudança econômica e o avanço tecnológico, as pessoas se sentem obrigadas a procurar a escola na tentativa de conseguir um emprego, melhorar seu padrão de vida ou manter-se atualizado . As mudanças ocorridas no mercado de trabalho, vêm exigindo mais conhecimentos e habilidades das pessoas, assim como certificados de maior escolarização, obrigando-as a voltar à escola básica, como jovem, ou já depois de adultas, para aprender um pouco mais ou para conseguir um diploma. Essa realidade tem sido responsável pela criação de diversos projetos voltados para a alfabetização e educação de jovens e adultos.

  
Para que aumentem as possibilidades individuais de educação, e para que se tornem universais, é necessário que mude o ponto de vista dominante sobre o valor do homem na sociedade, o que só ocorrerá pela mudança de valoração atribuída ao trabalho. Quando o trabalho manual deixar de ser um estigma e se converter em simples diferenciação do trabalho social geral, a educação institucionalizada perderá o caráter de privilégio e será um direito concretamente igual para todos (Pinto, 2000, p.37).

 E é onde entram os projetos voltados às novas tecnologias, os quais lançam os alunos da EJA ao modernismo virtual que cerca os locais de trabalho mais e mais. Muitos jovens se sentem diminuídos perante outros jovens que dominam a informática, principalmente no trabalho, sem contar a evasão escolar que se dá por não poderem ou dispuserem de tempo ou oportunidade para cursarem o ensino regular na idade correta, assim procuram na EJA uma oportunidade de alcançar seus colegas, e para isso o ensino da EJA deve estar em sintonia e adequação à modernidade e realidade social, oferecendo também cursos e atividades coerentes à proposta do ensino supletivo, que é o de emergir os alunos que por um motivo ou outro, vêm cursar a EJA.
A importância de introduzir as novas tecnologias à Educação de Jovens e Adultos, não só aos jovens, 
mais também aos adultos que procuram resgatar o tempo que perderam e se vêm obrigados a obterem um diploma para se manter no mercado exigente de trabalho, tem como objetivo maior, exatamente promover a igualdade social do indivíduo.
                               A necessidade de ampliar a utilização dos recursos tecnológicos na educação de jovens e adultos, a potencialidade do uso do computador como ferramenta de aprendizagem para a educação desses jovens e adultos faz com que nós, enquanto educadores, pensemos em uma nova modalidade de ensino, voltada às novas tecnologias, tendo como objeto de ensino o uso das tecnologias e o uso concomitante dessas tecnologias com o ensino básico direcionado à alunos que procuram a EJA. Assim, procuramos compreender a tecnologia digital como mecanismo de comunicação voltada ao aprendizado e à necessidade do ingresso ao mercado de trabalho.


Por :Tatiane Oliveira



segunda-feira, 22 de junho de 2015

ALFABETIZAÇÃO DE IDOSOS

A compreensão, análise e estudo aprofundado do ensino da EJA, além de contributivo é também atraente aos olhos de educadores que sonham com uma educação de qualidade e globalmente disponível, ao falarmos de educação globalizada, reportamos a uma educação voltada para todos, independente de raça, cor idade ou etnia, e no que diz respeito à EJA, é uma modalidade de ensino tão somente voltada às pessoas que por um motivo ou outro não dispuseram de tempo, e até mesmo oportunidades para estudar regularmente, e com isso se sentem desprovidos e à margem de uma sociedade exigente e cada vez mais imponente no quesito “qualificação profissional”. Com base nessas necessidades é que se faz necessário que procurem se predicamentar, cada vez mais a procura pela EJA tem aumentado, mas ainda está muito longe de exercer seu papel na totalidade pela qual foi criada. É pensando nessa procura de aprendizado, que a alfabetização de idosos tem tido mais força nos últimos anos, cada vez mais idosos têm ido à procura do aprendizado, e a EJA vem com uma base curricular de ensino que abrange este molde educacional.
E é pensando exatamente nessa modalidade que surge a proposta de alfabetizar pessoas da terceira idade, para que haja um resgate da autoestima dessas pessoas a cerca da educação e do aprendizado. A alfabetização de idosos tem como objetivo maior, promover a aproximação da pessoa da terceira idade com o âmbito educacional e a possibilidade de serem alfabetizados, visando modificar o estigma de que velho é incapaz e improdutivo, uma vez que para o mercado atual os “escolhidos” são sempre os mais qualificados, assim muitos desses idosos além de sua experiência profissional adquirida ao longo de sua vida, poderão também ter a chance de corresponder às expectativas do mercado de trabalho atual.
Foram criados muitos projetos voltados à alfabetização de idosos cada um com sua especificidade, porém ainda são projetos tímidos em relação ao número enorme de analfabetos de terceira idade, para uma maior abrangência de tais projetos, é necessário que sejam criadas políticas públicas direcionadas a esta modalidade de ensino, com objetivos específicos e de forma integral, podendo ser oferecido o ensino em redes tanto municipais quanto estaduais. Porém ainda é algo distante, mas longe de ser utopia.
Hoje no Brasil apenas 30% da população idosa é alfabetizada, pôde frequentar uma escola de ensino regular na sua infância ou juventude, contudo ao se tratar de qualificação profissional, nem todos possuem cursos voltados às áreas de atuação, ou não possuem nenhuma especialização teórica acerca da profissão que exercem ou exerceram.
Com a alfabetização integral de idosos, amparadas por políticas curriculares inovadoras cria-se uma concepção de que possa sim, surgir parcerias a fim de integrar a pessoa idosa ao ambiente atual de trabalho. Não é necessário que se pense apenas em alfabetizar, mas também em oferecer uma maior qualidade de vida a quem tanto contribuiu com nosso país.


“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê."
                                                                
                  Arthur Schopenhauer



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