A compreensão, análise e
estudo aprofundado do ensino da EJA, além de contributivo é também atraente aos
olhos de educadores que sonham com uma educação de qualidade e globalmente
disponível, ao falarmos de educação globalizada, reportamos a uma educação
voltada para todos, independente de raça, cor idade ou etnia, e no que diz
respeito à EJA, é uma modalidade de ensino tão somente voltada às pessoas que
por um motivo ou outro não dispuseram de tempo, e até mesmo oportunidades para
estudar regularmente, e com isso se sentem desprovidos e à margem de uma
sociedade exigente e cada vez mais imponente no quesito “qualificação
profissional”. Com base nessas necessidades é que se faz necessário que
procurem se predicamentar, cada vez mais a procura pela EJA tem aumentado, mas
ainda está muito longe de exercer seu papel na totalidade pela qual foi criada.
É pensando nessa procura de aprendizado, que a alfabetização de idosos tem tido
mais força nos últimos anos, cada vez mais idosos têm ido à procura do
aprendizado, e a EJA vem com uma base curricular de ensino que abrange este
molde educacional.
E é pensando exatamente nessa modalidade que surge a
proposta de alfabetizar pessoas da terceira idade, para que haja um resgate da
autoestima dessas pessoas a cerca da educação e do aprendizado. A alfabetização
de idosos tem como objetivo maior, promover a aproximação da pessoa da terceira
idade com o âmbito educacional e a possibilidade de serem alfabetizados,
visando modificar o estigma de que velho é incapaz e improdutivo, uma vez que
para o mercado atual os “escolhidos” são sempre os mais qualificados, assim
muitos desses idosos além de sua experiência profissional adquirida ao longo de
sua vida, poderão também ter a chance de corresponder às expectativas do
mercado de trabalho atual.
Foram criados muitos projetos voltados à alfabetização de
idosos cada um com sua especificidade, porém ainda são projetos tímidos em
relação ao número enorme de analfabetos de terceira idade, para uma maior
abrangência de tais projetos, é necessário que sejam criadas políticas públicas
direcionadas a esta modalidade de ensino, com objetivos específicos e de forma
integral, podendo ser oferecido o ensino em redes tanto municipais quanto
estaduais. Porém ainda é algo distante, mas longe de ser utopia.
Hoje no Brasil apenas 30% da população idosa é alfabetizada,
pôde frequentar uma escola de ensino regular na sua infância ou juventude,
contudo ao se tratar de qualificação profissional, nem todos possuem cursos
voltados às áreas de atuação, ou não possuem nenhuma especialização teórica
acerca da profissão que exercem ou exerceram.
Com a alfabetização integral de idosos, amparadas por
políticas curriculares inovadoras cria-se uma concepção de que possa sim,
surgir parcerias a fim de integrar a pessoa idosa ao ambiente atual de
trabalho. Não é necessário que se pense apenas em alfabetizar, mas também em
oferecer uma maior qualidade de vida a quem tanto contribuiu com nosso país.
“A tarefa não é tanto
ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre aquilo
que todo mundo vê."
Arthur Schopenhauer
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