sexta-feira, 4 de novembro de 2016


Num vídeo que circula nas redes sociais divulgado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), o parlamentar disse em conversa com alguns representantes do Grêmio Estudantil Cecília Meirelles (GECM), do Instituto Federal de Goiás, que "as condições que o PT deixou o país, se não tiver uma PEC para refrear os investimentos só no período inflacionário, daqui há dez anos fatalmente o país quebra".

Questionado se o governo não deveria cortar de quem tem, Marquezelli disse: "Tem que cortar universidade, tem que cortar". E completa: "Nós vamos deixar (o investimento) no ensino fundamental. E quem pode pagar (universidade), tem que pagar. Meus filhos vão pagar", argumenta Marquezelli. "Quem não tem (dinheiro), não faz".

Novamente questionado sobre pessoas que não têm acesso à saúde, podendo só contar com o sistema público, o parlamentar é enfático: "Como que não tem? Se cuida! Eu vi um cara reclamando aí com um cigarro na mão, reclamando que não é atendido. O cara fuma três maços de cigarro por dia...".



Lembrando de Marquezelli...

Nelson Marquezelli foi alvo da Operação Alba Branca que apontou a distribuidora de bebidas do deputado como um dos endereços de suposta entrega de propinas da quadrilha da merenda escolar que agia em pelo menos 22 prefeituras e mirava em contratos da Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB). O deputado nega as acusações.


Fonte:Portal Vermelho(org).

Entenda como funciona o esquema fraudulento da PEC 241

Entenda como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, está ligada ao PLS 204/2016, garantindo recursos  para esquema fraudulento e  ilegal,já declarado pelos órgãos de controle. 


https://www.youtube.com/watch?v=xwpZ1B0cvCw


Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Ensino da Sociologia

O trabalho de cultura e sociedade busca a interação do individuo com o meio cultural, tendo o educador como mediador dessa proposta.
O estudo da sociologia não se da apenas em conhecer o passado da humanidade, mas também a compreendermos o presente e entendermos a sociedade nos dias atuais. Através da cultura individual buscamos compreender cada individuo em seu contexto.
Ao repararmos ao nosso redor vemos que os seres humanos são diferentes uns dos outros, tanto físico como psicologicamente. Cada um tem sua característica própria, hábitos, costumes, crenças, visão do mundo diferentes. A essa pluralidade, a esse conjunto de diferenças damos o nome de diversidade cultural, isso se dá com o acúmulo de experiências e aprendizagens que ao longo dos tempos vêm sendo verificados. As grandes conquistas da humanidade resultam das trocas de experiências entre povos de culturas diversas.
 A Declaração Universal da Diversidade Cultural foi considerada patrimônio da humanidade pela UNESCO. Porém muitas pessoas insistem em ver o mundo de acordo com sua própria cultura e se considerarem os mais corretos na sua forma de pensar. 
Essa postura é denominada etnocentrismo e pode culminar em guerras entre povos. Resultante disso é que nós educadores, devemos sim levar em consideração a formação cultural de cada aluno, mostrando-lhes o universo cultural como um todo e identificando cada tipo de cultura em cada individuo, destacando, discutindo, objetivando, fazendo paralelos e comparações das formas culturais entre si. Não esquecendo que “cada” indivíduo é um ser único, composto de desejos e pensamentos próprios, e cabe ao educador se mostrar eclético dentro desse contexto na sociedade-escola, já que para alguns alunos o professor se torna um ideal. 
A partir do momento em que o educador se mostra interessado na historia cultural de cada aluno, a convivência na escola fica mais harmônica, até porque cada aluno tem muito mais a aprender e muito a ensinar, não só aos outros alunos, mas também ao professor.
 O educador que mostra compreensão e interesse em cada postura cultural em sala de aula tem mais facilidade de ser ouvido, e assim mostrar que cada indivíduo deve ser respeitado em sua forma de ser e de agir, tentando então no seu meio formar indivíduos flexíveis e sensatos. Mostrando-lhes que devem sim defender seus princípios culturais, mas também devem respeitar os do outro, assim como querem que os seus sejam respeitados, e que a solidariedade e a troca de informações são fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade justa e  homogênea, onde todos e quaisquer indivíduos possam ter acesso à informações, tanto sócio-culturais quanto intelectuais, pelo menos dentro da sociedade-escola, já que lá fora no universo capitalista a realidade é outra.


Tatiane Oliveira à UNOPAR/2008

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Resgatando a Infância !

Neste universo versátil e moderno da tecnologia,que por sinal está cada vez mais avançada e acessível,a impressão é que não existe mais espaço para o passado simples e alegre das brincadeiras infantis,conjugar no passado nos remete a desapego,substituição,esquecimento! Quantas horas passávamos brincando de bola na rua,pique-pega,pique-esconde...bete !
 No meu tempo de criança mal podia esperar pelo sábado,sim..era sempre no sábado que tínhamos nosso futebol marcado,às 3 da tarde,logo depois de arrumar a cozinha do almoço,se não arrumasse, minha mãe não deixava sair.
 Era aquela alegria quando chegava todo mundo no campinho,feito por nós mesmos,tinha pouca grama e muita terra,nossa bola era novinha,dente-de-leite! Ali ficávamos até escurecer,e cada um corria quando ouvia os gritos das nossas mães,e íamos pra casa já pensando no jogo do próximo sábado. Hoje mal podemos sair à rua,sem que o medo tome conta de nós,mas isso não quer dizer que devamos esquecer do quanto fomos felizes em nossa infância,daquele cheiro de terra molhada quando chovia,do aroma gostoso do café torrado na casa da vizinha...quantas lembranças!
 Doces lembranças,e por falar em doce;que saudade daquela maria-mole tipo sorvete de casquinha,que tinha sempre um balão ou anel no topo,sempre que ia pra escola comprava uma no mercadinho do seu Agenor. Seu Agenor...hum,tinha uma carranca daquelas bem fechadas,mas sempre dava uma bala a mais pra gente.
 Domingo cedinho tinha catequese,eu gostava tanto da tia da catequese e das brincadeiras que ela fazia com a gente depois da aula,tinha gincana,corrida-do-saco,corrida do ovo na colher,acertar o rabo do burro,jogo de dama,teatro...minha hora preferida,sem contar o teatro de fantoches,foi ai que comecei a me apaixonar por fantoches...não mencionei,mas trabalho com educação infantil,e é fundamental que apresentemos aos nossos pequenos a ludicidade e a magia dos brinquedos.
 Nesse contexto entre real e imaginário vivíamos felizes e distantes dessa atual tecnologia alienadora e anti-social.
Tecnologia esta,que nos afasta da cultura antropológica,que fazia parte dos moldes familiares,em controvérsia,hoje é a tecnologia que facilita nossa vida,que sem ela muita coisa que realizamos seria impossível,a tecnologia necessária também para nossa sobrevivência,ou até mesmo existência.
 O que não devemos esquecer é que o uso das novas tecnologias,devem vir para somar e não extinguir antigos costumes,para as crianças e jovens desse mundo moderno,muito do que fazíamos sem o uso de tecnologias contemporâneas,não fazem parte das suas vidas e tampouco são conhecidos e reconhecidos por eles.
 A proposta é que nós,pais e educadores,possamos apresentar aos nossos filhos e alunos o mundo mágico que fez parte das nossas vidas e que nos tornou os adultos de hoje,apresentar-lhes as brincadeiras,jogos e diversões que tanto eram gratificantes para nós.
No início do texto,tentei descrever um pouco da minha infância,para que ao lerem também pudessem voltar no tempo,o tempo de criança,e resgatar os aromas,as cantigas e as histórias contadas por nossos pais e avós,os ralados no joelho ganhos na hora do pique-pega,da queda de bicicleta,até mesmo aquele chiclete que foi pregado no cabelo na hora da aula,o arroz-doce da merenda escolar,os uniformes branco e azul...bem,o meu era!
 Vamos! Tirem um tempinho do seu dia,final de semana,até mesmo nas férias,apresentem aos seus filhos ou alunos as gostosuras das brincadeiras infantis,sabe aquela caixinha cheia de maravilhas ai dentro de vocês,prontinha para ser aberta,resgatada e relembrada? Então,tenho certeza,que vai fazer muita gente feliz.
 Ai está,um pouquinho do meu lado criança,que faço questão de sempre lembrar e compartilhar com meus filhos e meus alunos,cada cicatriz é uma história a ser contada,cada lembrança da infância é um resgate de uma vida feliz,o que seria de nós se não existisse o que já existiu,ninguém é alguém sem uma história,nenhuma história é realidade se não houver alguém para contá-la.

 Até a próxima...

Estágio: da responsabilidade pedagógica à utilização como mão de obra barata

Esta postagem foi feita por Hugo Ottati,repassando à vocês leitores!








Os estagiários  formam um dos pilares de sustentação da Justiça no Brasil. Seja no Fórum, no Ministério Público, na Defensoria Pública ou até mesmo em escritórios de advocacia, são eles e elas que atendem parte considerável da demanda.
Visando regulamentar o exercício do estágio, editou-se a Lei 11788/08, que contém diversos dispositivos de proteção ao estagiário/à estagiária. Logo em seu primeiro artigo, a Lei conceitua o estágio como
''ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido em ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de ensino superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.''
Trata-se, portanto, de mais uma fase pedagógica aos e às jovens, focada especificamente no desenvolvimento profissional de cada um/uma, necessária para um complemento à sua formação.
Contudo, poucos são os que têm conhecimento acerca dos direitos dos estagiários. São, propositadamente, não divulgados - ou pouco divulgados - por aqueles que utilizam esse tipo de mão de obra; aqueles que deveriam ter responsabilidade e comprometimento com o ensino e o projeto pedagógico do estágio.
Observa-se que, de um lado, existem aqueles interessados em aproveitar o baixo custo de estagiários e estagiárias, utilizando-os em substituição de técnicos e profissionais especializados, principalmente na área administrativa e de ''office boy''. Sob o pretexto do ''adquirir experiência'', os colocam para realizar tarefas, que, comumente, não mantêm qualquer vínculo com o curso e a prática profissional desejada pelo e pela estudante.
Um exemplo? Na época do meu estágio no NUDEM (Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher) da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, conheci a CRC (Central de Relacionamento com o Cidadão). A Central é composta majoritariamente por estagiários e estagiárias, que a cada segundo atendem telefonemas e marcam pessoas nos respectivos núcleos de primeiro atendimento ou especializados, conforme a história narrada na linha.
E interessa muito mais à Defensoria pagar R$620 (à época que estagiei) à um estagiário ou uma estagiária do que ter técnicos ou terceirizar o serviço (tendo em vista que os gastos seriam bem superiores). Enquanto isso, estudantes prestam-se à um serviço limitado, de pouco - ou nenhum - contato com o Direito (seja dogmático ou crítico).
Isso não acontece só na Defensoria, muito pelo contrário. O estágio lá continua sendo um dos mais recomendados. Não à toa. Agradeço muito às Defensoras e aos técnicos que me acompanharam.
Na verdade, o que não faltam são exemplos de violação aos direitos dos estagiários e das estagiárias. Comumente escritórios de advocacia são criticados pela exploração, determinando excedente de atividades e uma carga horária superior às 30 horas máximas estabelecidas pela Lei de Estágio.
Ocorre que a maior parte dos escritórios se sobressaem em relação aos estágios públicos pela alta quantia paga, bem como por uma série de ''gratificações''. Ávidos e ávidas por um crescimento prematuro, pelo sentimento de tornarem-se profissionais, trabalhadores/as, ou até mesmo por timidez, pressão local ou necessidade de ganhar dinheiro para ajudar na subsistência familiar, muitos e muitas não denunciam as práticas abusivas em seus respectivos ambientes de estágio.
E deve-se repetir incessantemente: ESTÁGIO. Não trabalho.
Não há vínculo empregatício e a cobrança deve ter limites!
Nesse sentido é que deveria haver mais atuação dos órgãos competentes, na fiscalização e, principalmente, no diálogo com o corpo estudantil das universidades e escolas, a fim de que os direitos sejam publicizados e as denúncias sejam feitas!
Os direitos dos estagiários precisam ser respeitados.

terça-feira, 3 de maio de 2016

LEI 13.278/2016 inclui: Artes visuais,Musica,Dança e Teatro no currículo escolar.

Foi publicada nesta quarta-feira (3) a Lei 13.278/2016, que inclui as artes visuais, a dança, a música e o teatro nos currículos dos diversos níveis da educação básica. A nova lei altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB — Lei 9.394/1996) estabelecendo prazo de cinco anos para que os sistemas de ensino promovam a formação de professores para implantar esses componentes curriculares no ensino infantil, fundamental e médio.
A lei tem origem no substitutivo da Câmara dos Deputados (SCD)14/2015 ao projeto de lei do Senado (PLS) 337/2006, aprovado no início de abril pelo Plenário do Senado. O texto foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff na terça-feira (2) e vale a partir da data de publicação.
A legislação já prevê que o ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, seja componente curricular obrigatório na educação básica, “de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”.
A proposta original, do ex-senador Roberto Saturnino Braga, explicitava como obrigatório o ensino de música, artes plásticas e artes cênicas. A Câmara dos Deputados alterou o texto para “artes visuais” em substituição a "artes plásticas", e incluiu a dança, além da música e do teatro, já previstos no texto, como as linguagens artísticas que deverão estar presentes nas escolas.
Para o relator da matéria na Comissão de Educação (CE), Cristovam Buarque (PPS-DF), a essência da proposta foi mantida no substitutivo da Câmara.
— Esse é um projeto que só traz vantagens, ao incluir o ensino da arte nos currículos das escolas. Sem isso, não vamos conseguir criar uma consciência, nem ensinar os nossos jovens a deslumbrar-se com as belezas do mundo, o que é tão importante como fazê-los entender, pela ciência, a realidade do mundo — observou Cristovam, na discussão da matéria em Plenário.